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06/05/2020
Unidades sucroenergéticas e produtores de cana não devem abandonar os tratos culturais dos canaviais, mesmo com a situação financeira desfavorável decorrente da queda do preço do petróleo e da pandemia do coronavírus, que tem diminuído o consumo de combustível de maneira significativa.
Quando a unidade produtora deixa de adubar, o canavial demora quatro anos para recuperar a sua produtividade – alerta o engenheiro agrônomo Auro Pereira Pardinho, gerente de marketing da DMB Máquinas e Implementos Agrícolas.
“Apesar do período difícil, é necessário continuar cuidando bem do canavial. Redução de trato cultural é preocupante”, enfatiza. Além da realização da adubação adequada, os cuidados devem estar voltados também ao controle eficiente de plantas daninhas e de pragas.
“Se o canavial tiver Sphenophorus levis e não houver controle, o produtor ou a usina não terá cana suficiente para atender a demanda da indústria no ano seguinte”, exemplifica. A diminuição do trato cultural pode ser um fator muito limitante para a produção da lavoura – avalia Auro Pardinho.
No próximo ano, com a provável recuperação do preço do petróleo, o término da pandemia e o aumento do consumo de etanol, a situação deverá estar melhor – prevê o gerente de marketing da DMB. “A usina vai precisar de cana para fabricar os seus produtos e aproveitar os bons preços no mercado”, observa.
Caso não tenham matéria-prima disponível, unidades produtoras de açúcar e etanol poderão estender, para o próximo ano, os eventuais prejuízos financeiros dessa safra. Por isso, todo esforço deve ser feito para que não ocorra a redução dos tratos culturais.
O momento é bastante complicado, principalmente para o fornecedor de cana e as unidades produtoras de etanol – admite. Para a usina que fabrica açúcar, a situação deve ser menos problemática. “Diversas unidades fecharam anteriormente contratos em dólar, que está subindo. Antes da pandemia, mais de 70% da produção de açúcar já estava contratada. A unidade que só faz etanol, se não tiver dinheiro para se manter e estocar o produto fabricado, vai ter maiores dificuldades”, constata.
Se a redução de gastos no processo de produção de cana-de-açúcar for inevitável, o mais recomendado é deixar de fazer alguma operação que não esteja diretamente relacionada aos tratos culturais. “O adiamento da renovação de um canavial, que já não tenha uma boa produção, para o ano seguinte pode ser uma alternativa”, exemplifica o gerente de marketing da DMB.
Outra medida importante para diminuir custos é a utilização de implementos eficientes, como adubadores e aplicadores de agroquímicos, que possibilitem um melhor aproveitamento dos insumos. É preciso também otimizar as atividades agrícolas, usando equipamentos que apresentem maior flexibilidade e realizem diversas tarefas em uma mesma operação, ou seja, equipamentos multifuncionais.
Fonte: Fonte: Assessoria de Imprensa DMB - CanaOnline