O aumento do preço dos fertilizantes ao longo de 2020 deve impactar os custos dos produtores independentes de cana-de-açúcar da região Centro-Sul do Brasil na safra 2021/2022, segundo o boletim Ativos da Cana-de-Açúcar do Projeto Campo Futuro.
O documento foi elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e o Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas (Pecege).
Entre os principais aspectos da evolução dos preços dos insumos em 2020, a publicação destaca a pandemia da Covid-19. Inicialmente houve restrição da oferta de insumos agrícolas, que logo se somou a uma forte desvalorização cambial, encarecendo os fertilizantes e, em seguida, os defensivos.
A recuperação dos preços das commodities agrícolas a partir do segundo semestre de 2020 também acelerou a alta dos preços dos insumos.
No caso do diesel, apesar de seu valor no período de CTT (corte, carregamento e transbordo) ter sido favorável ao longo da safra 2020/2021, quando se avalia o preço no período de tratos de cana planta (primeiro corte) e cana soca (segundo corte), entre o final de 2019 e início de 2020, verifica-se que o mesmo correspondeu a um aumento de custos de produção frente à safra 2019/2020.
Para a safra 2021/2022, a expectativa é de elevação do preço do diesel, tanto para as etapas de formação do canavial (entre novembro de 2020 e março de 2021), quanto para o CTT (entre abril e novembro de 2021), com uma alta ainda mais expressiva.
De acordo com o boletim, os diversos aumentos de preços de matérias-primas registrados na pandemia não se refletiram nos custos da safra 2020/2021, tendo sido incorporados, na maior parte, na safra 2021/2022. “Por outro lado, parte do cenário de aumento de custos deve-se também a expectativa de melhores remunerações para produtores e usinas de cana-de-açúcar”, diz a publicação.
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