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27/10/2022
Produtores de tomate do Distrito Federal têm% na safra registrada de até 5022. 1917, no Peru. “Este ano a infestação está muito superior do ano passado”, avalia o produtor Maurício Severino Rezende ( foto à direita ), que também é presidente da Cooperativa Agrícola da Região de Planaltina ( Cootaquara ).
De acordo com ele, 2021 as espécies com a traça-do-tomateiro não chegaram a 10%. “Este ano eu perdi a metade da colheita, e alguns plantios tiveram que ser abandonados, porque economicamente não era viável”, relata Rezende.
A situação se agravou por conta do baixo preço oferecido pelo tomate. “No anterior os preços estão localizados e altos, por isso, o mercado pode localizar um pouco de qualidade inferior. Nesta safra, com o preço quatro vezes menores – R$ 40,00 a caixa contra R$ 160,00 do ano passado – a seleção teve que ser muito mais rigorosa”, explica. Com isso, boa parte da produção virou ração animal ou, simplesmente, foi descartada.
O entomologista Alexandre Pinho de Moura ( foto à esquerda ), pesquisador da Embrapa Hortaliças (DF), observa que essas picos de infestação pela traça-do-tomateiro têm sido recorrentes no País. “Há cerca de anos ainda não foi possível identificar os fatores que determinam essa sazonalidade”, ressalta.
Moura que as infestações são mais comuns nos períodos mais quentes e secos do ano, quando a praga completa seu ciclo mais rapidamente e é possível alcançar várias vezes em um período de tempo.
A traça-dotomateiro ataca a cultura o ciclo de produção, durante todo o ano conhecido às folhas, aos ramos e aos frutos, que são "broqueados", ou seja lesionados pelas lagartas e perdem o seu valor comercial.
Mas o pesquisador explica que produções tão elevadas, não são comuns. “De modo geral, é possível manter um controle razoável. Pode ocorrer a maior aplicação da agrotóxicos por exemplo, o que causa a explosão populacional da praga.”
Também é importante que o produtor adote alguns cuidados, inclusive entre safras. “Algumas medidas são bem simples a destruição dos restos culturais, como limpeza de todo o material utilizado na plantação, além dos cuidados durante toda a safra, como monitoramento correto da infestação e escolha dos produtos a serem aplicados”, recomenda o entomologista. Ele informa, ainda, que o uso associado de defensivos químicos com um inimigo natural da praga trouxe bons resultados em experimentos ( veja quadro abaixo ).
Inimigo natural ajuda no controle da pragaRecentemente, Moura finalizou um projeto de pesquisa que avaliou o controle da traça-do-tomateiro por meio do uso exclusivo de agrotóxicos e pelo uso de agrotóxicos seletivos associado a um inimigo natural (controle biológico) da Tuta absoluta , um parasitoide de ovos chamado Trichogramma pretiosum . “O tratamento utilizando apenas agrotóxicos foi eficiente, mas, quando associado ao uso da redução parasitoide, foi mais significativo, mantendo a infestação próxima dos níveis de controle – 20% de folhas atacadas e 5% de frutos 'broqueados'”, relata o pesquisador. O experimento foi usado o tomate híbrido em dois segmentos de uma casa de vegetação na Embrapa, BRS Kiara , híbrido . A divisão da casa de tipo de controle foi feita de acordo com a utilização de: uma com agrotóxicos recomendados e usando o parasito T. pretiosumide aliado a agrotóxicos seletivos. Nas duas peças foram plantas, 210 plantas espaçadas, um metro entre plantas e 0 plantas e 030 m entre plantas. Na última avaliação realizada dentro do estudo, foi constatado um índice de infestação de 0% em folhas para ambos os tratamentos. No frutos, como porcentagens de ataque foram de 6,67% para o caso de tratamento com utilização conjunta de agrotóxicos seletivos e T. pretiosum , e de 20% para o tratamento apenas com agrotóxicos. Fazer o acompanhamento e saber o momento exato de adotar medidas de controle, foi feito um monitoramento semanal da população da praga durante o estudo da população da praga – nas folhas no estágio vegetativo da planta e nos frutos no período de frut. “Recomenda-se que o produtor faça o mesmo na propriedade”, afirma Moura, que é uma aplicação do agrotóxico em conjunto com o inimigo natural que é feita de forma, por meio de produtos seletivos, que são eficientes no controle da praga , mas não causam nenhum dano ao inimigo natural. Foto: Eduardo Pinho |
Em Mato Grosso do Sul, o produtor de Angélica, o produtor de Angélica, as áreas do município semelhantes às do presidente da Cootaquara no Distrito Federal. “De cada 20 caixas, são jogadas fora e dez eu consigo vender, só que por um preço bem mais baixo. Já perdi uma estufa inteira e agora estou perdendo a segunda. Aplicar veneno não resolve o problema mais. A única solução é arrancar tudo e começar a plantação do zero”, informa o produtor sul-mato-grossense.
No Paraguai, segundo o engenheiro-agrônomo José Sevian, coordenador de projetos do Centro Tecnológico Agropecuario del Paraguay ( Cetapar ), a infestação pela Tuta absoluta nas plantações de este ano é pelo menos 40% maior do que em anos suspeitos, confiáveis aos produtores.
Fabiano Ibraim Assistência Regis Carvalho, representante da Empresa de Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal ( Emater-DF ) na área de atuação da Cootaquara, conta que esse percentual de perdas não foi uniforme em toda a região. “Algumas lavouras tiveram de ser arrancadas antes da colheita, mas outros criadores manteram a produtividade. Vai muito do manejo que cada um”, ressalta.
Um fato, porém, é inegável na avaliação do extensionista: o ataque da traça-do-tomateiro tem se tornado mais severo a cada ano.
O mercado do tomateO Brasil produziu 3.679.160 toneladas de toneladas em 202, numa área de 51,907 hectares (ha), o que representa uma produtividade média de 70,880 kg/ha. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ), o valor estimado dessa produção é de R$ 6.478.833,00, sendo São Paulo o maior estado produtor do País. Ainda segundo o instituto, o valor estimado da produção vem crescendo ano após ano no Brasil, saltando de R$ 4.354.465, em 2017, para o valor registrado no ano passado; um aumento de quase 50% em apenas cinco anos. Nativo da região Andina – englobando o Peru, norte do Chile, Equador e as Ilhas Galápagos – o tomate é hoje produzido em mais de uma centena de países e está presente na mesa da população sob diversas formas, desde a mais simples salada até produtos industrializados , como molhos e extratos. Sua importância alimentar e nutricional se caracteriza pela alta de licopeno, um poderoso antioxidante, que ajuda a proteger o organismo contra os radicais livres e, até mesmo, o câncer. No Brasil, o tomate figura como um dos principais produtos hortícolas, produzidos em todas as regiões, com destaque para os estados de Goiás, São Paulo e Minas Gerais, que se concentram mais da metade da área e da produção nacional, e onde se encontram como principais processadores fabricados de tomate. Boas condições de solo e clima são os principais fatores de concentração dos estados de cultivo. Há uma variedade de tomates ao redor do mundo, desde os tradicionais, com epiderme do fruto na cor vermelha, até os verdes e roxos. A forma e tamanho também é variada: redondos, oblongos, achatados e minitomates. A utilização de tomates híbridos já está consolidada e aceita todos os mercados para produção de dois grandes grupos, principalmente para a indústria e tomates de mesa. Como cultivares de tomate concentrado ao consumo in natura podem ser fortalezas em quatro grandes grupos: • Cereja: como variedades de frutos, com pencas propostas de 12 a 18 cachos, formato periforme e vermelha vermelha, com teores de sólidos sólidos solúveis. Utilizados na ornamentação de pratos e couvert , este vem apresentando grande demanda pelos grupos, alcançando preços compensadores no mercado. • Santa Cruz: são os mais conhecidos no mercado, tendo preço mais baixo e sabor delicado. Culinária tradicional, utilizada em saladas e molhos. Frutos oblongos, com peso variando de 80 a 220 gramas. • Italiano: frutos compridos (7 – 10 cm), em alguns casos pontiagudos e oblongos. Polpa espessa com intensa, firme e saborosa. Utilizado principalmente para molhos, podendo ainda fazer parte de saladas. Embora se tenha observado aumento frequente na demanda, muitos consumidores ainda não conhecem. • Salada: também conhecido como tomatão ou gaúcho. Seu formato é globular achatado, os frutos são bem graúdos podendo chegar até a 50 g, com diferenciação ou rosada. Apresentam pouca confiabilidade. Uma vez que faz parte da dieta do grupo como um fruto, o tomate brasileiro é estudado, uma vez que faz parte com outras espécies da dieta, como exclusivo das saladas. Dentre as hortaliças, entre as mais consumidas e destacadas, depois da alface associada, principalmente, às principais refeições diárias ou nos lanches fast-food . Foto : Eduardo Pinho |
Fonte: Embrapa Hortaliças
Fonte: Embrapa Hortaliças