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20/12/2021
Região com os principais terminais para exportação de produtos brasileiros, o Sudeste do país recebeu importantes investimentos em infraestrutura de transportes no ano de 2021. Além de obras realizadas com verbas do Orçamento da União, também ocorreram concessões à iniciativa privada que vão garantir avanços em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos nos quatro estados.
São exemplos desses avanços na região a relicitação da rodovia Dutra, uma das mais importantes do país, que terá investimentos de R$ 14,8 bilhões durante a duração dos contratos. Deste valor, R$ 1,5 bilhão serão aplicados somente na região de Guarulhos (SP) para solucionar gargalos e facilitar o acesso ao aeroporto internacional de São Paulo, o maior da América da Sul e a principal saída aérea do continente para a Europa.
Outro avanço foi no porto de Santos, que teve o maior leilão da história do setor portuário com o arrendamento do terminal STS08A. São R$ 678,3 milhões para aprimorar a infraestrutura para movimentar mais de 140 milhões de toneladas de petróleo e seus derivados. Além de gerar mais de 12 mil empregos, a concessão garante abastecimento de combustível para toda a região.
No setor portuário, o Governo Federal apresentou o projeto de desestatização da Companhia de Docas do Espírito Santo (Codesa), que trará investimentos aproximados de R$ 330 milhões. Com a concessão à iniciativa privada, os portos de Vitória e de Barra do Riacho terão sua capacidade aumentada, tornando-se uma alternativa viável para o transporte de cargas de longo trajeto.
Escoamento de safras
Somados recursos públicos e privados, foram investidos R$ 1,8 bilhão entre janeiro e dezembro em 18 obras, sendo 11 rodovias federais, dois aeroportos, três ferrovias, uma hidrovia e três novos empreendimentos no porto de Santos, incluindo a terceira linha do sistema ferroviário que integra o terminal portuário.
Essencial para ligar Goiás, um grande estado produtor de commodities, ao porto de Santos, a Ferrovia Norte-Sul, teve 172 quilômetros de linha férrea entregues em março de 2021 para auxiliar no escoamento das safras de soja produzidas na região. São R$ 711 milhões totais investidos, sendo R$ 145 milhões para a parte em Estrela D’Oeste, em São Paulo, e o restante em São Simão, Goiás. Segundo projeção da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a previsão é de que a Norte-Sul movimente 22,73 milhões de toneladas de cargas até 2055.
Para isso, é fundamental investir no maior porto da América do Sul. O Governo Federal trabalhou para entregar três novos empreendimentos no Porto de Santos: a 3ª Linha do Paquetá, que integra o sistema ferroviário do terminal (Portofer); inauguração do píer da Ageo, na Ilha do Barnabé; e as obras de extensão e aprofundamento do Cais do Tecon. O investimento de R$ 600 milhões na construção da linha férrea e na ampliação de dois cais privados terão impacto no aumento no processamento de cargas a serem escoadas pelo porto e é reflexo da política pública do Governo Federal em conceder ativos para a iniciativa privada.
Ligações rodoviárias
Entre as principais obras do setor rodoviário, a restauração na Travessia Urbana de Itaperuna, no Rio de Janeiro, garantiu mais conforto e segurança para os motoristas que trafegam pela via e para ciclistas e pedestres, que contam agora com ciclovia e novas calçadas.
E a inauguração da Avenida Portuária do Rio de Janeiro, na BR-101/RJ, facilitou o acesso rodoviário para caminhões entre a Avenida Brasil e o Porto do Rio de Janeiro. A expectativa é de que trafeguem, diariamente, 2,6 mil veículos, diminuindo consideravelmente o tráfego na região.
Já em Minas Gerais o Complexo do Taiaman, na BR-365/MG, em Uberlândia, melhorou o trânsito para os moradores da região com a implantação de uma trincheira com pistas duplicadas para o tráfego de veículos da rodovia, em desnível com dois viadutos superiores, que proporcionam a passagem do trânsito urbano, além de passagens de pedestres.
Foi entregue também o novo terminal de passageiros do Aeroporto de Uberlândia, aumentando a capacidade total do local de 1,7 milhão para 3,9 milhões de passageiros por ano. O aumento de capacidade é fundamental para absorver a demanda crescente que virá pelo agronegócio, pela agroindústria, pelo conjunto de infraestrutura que vai atender a região.
Fonte: Ministério da Infraestrutura