A Atvos, entre as maiores produtoras de etanol do Brasil, encerra a safra 2019/2020 com uma moagem total de 26,9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, um crescimento de 1% em comparação com o ciclo de 2018/2019. A empresa produziu 2,14 bilhões de litros de etanol (hidratado e anidro), além de 235 mil toneladas de açúcar VHP e da cogeração de 2,8 mil GWh de energia elétrica a partir da biomassa.
O teor médio de ATR (Açúcar Total Recuperável) registrado no período obteve o melhor resultado histórico da empresa de 133,8 kg/hectare, superando o indicador anterior em 2%.
"Essa marca é resultado de melhorias no manejo varietal e no uso intensivo de maturadores em mais de 100 mil hectares. Manter o nível de produtividade da safra anterior foi outra importante conquista", explica Celso Ferreira, diretor de operações e engenharia da Atvos.
A empresa abrange um total de 498 mil hectares de canavial. Em 2019/2020, foram plantados 67 mil hectares(considerando plantio próprio e realizado por fornecedores), uma diminuição de 7,6% em comparação à safra passada, decorrente principalmente das restrições de caixa. Dessa área plantada, 92% foram voltados à renovação, fundamental para a empresa atingir sua maturidade operacional.
O plantio de fornecedores alcançou 32,1 kha, um crescimento de 13%. Os fornecedores de cana foram responsáveis por 34% da matéria-prima processada, superando a participação anterior de 30%. Esse aumento é resultado de uma maior transferência de área a fornecedores, que foi 17% acima da safra 2018/2019.
O RTC (Recuperado Total Corrigido) manteve-se na ordem de 94%, refletindo as melhorias realizadas na entressafra, em especial na extração, fermentação e na continuidade operacional.
A Atvos projeta moer cerca de 26,9 milhões de toneladas de cana nessa nova safra, o suficiente para produzir 1,9 bilhão de litros de etanol e 447 mil de toneladas de açúcar. No período, a empresa deve investir R﹩ 350milhões em renovação e expansão de canaviais, equipamentos agrícolas e aprimoramentos industriais.
"Com a aprovação do plano de recuperação judicial, esperamos concluir nossa reestruturação financeira e iniciar um novo ciclo de investimentos que prevê cerca de R﹩ 1,1 bilhão de recursos por safra para as áreas agrícola e industrial e, assim, buscarmos alcançarnossa capacidade máxima de operação", reforça Alexandre Perazzo, diretor financeiro da empresa.