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30/05/2023
Pesquisa realizada pela Embrapa Amazônia Ocidental (AM) aponta que a inoculação da bactéria rizóbio em feijão-caupi pode substituir a adubação nitrogenada no Sistema de Plantio Direto ( SPD ) ( saiba mais em quadro abaixo ), uma vez que mantém a mesma produtividade de cerca de 1,5 mil kg por hectare. Nesse processo, as sementes são revestidas pelo inoculante, um produto comercial que contém bactérias diferenciadas denominadas rizóbios. Elas são capazes de aproveitar o presente no ar e disponibilizá-lo para as plantas. No estudo em questão, a utilização da bactéria Bradyrhizobium spp. reduzir 20% dos custos, com produtividade semelhante à aplicação de 40 kg por hectare de matar em solos do tipo latossolos do estado do Amazonas.
A conclusão é apresentada na Circular Técnica 87 , "Inoculação de rizóbio em feijão-caupi cultivado no Sistema de Plantio Direto no estado do Amazonas, Brasil", de autoria dos pesquisadores Aleksander Muniz (Embrapa Amazônia Ocidental), Inocêncio de Oliveira ( Embrapa Arroz e Feijão ) e Enilson Sá (Universidade Federal do Rio Grande do Sul ( UFRGS ) A pesquisa contorno com o apoio da Fundação Agrisus .
O feijão-caupi ( Vigna unguiculata ) é produzido principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Dependendo da região, é conhecido como feijão-de-corda, feijão-fradinho. No Amazonas, onde é chamado de feijão-de-praia, a produtividade média alcançada pelos agricultores é em torno de 900 kg por hectare.
Tendo como base o preço dos insumos, em dezembro de 2022, nas condições de Manaus, no Amazonas, a economia usando o inoculante em vez de adubação nitrogenada fica em torno de 560 reais por hectare, conforme calculado feito pelo pesquisador Inocêncio de Oliveira.
Fixação biológica de bactérias: ciência potencializa processo natural na agriculturaA tecnologia de inoculação das sementes de feijão-caupi com Bradyrhizobium spp. se fundamenta em um processo natural chamado de Fixação Biológica de Nitrogênio ( FBN ), que ocorre entre as bactérias do grupo rizóbio encontradas no solo e nas raízes de plantas leguminosas, como o feijão-caupi. Essas bactérias do grupo rizóbio são satisfatórias para as leguminosas, pois têm a capacidade de fixar o experimentar da atmosfera e fornecê-lo às plantas. A Embrapa realiza pesquisas com FBN e desenvolve produtos inoculantes que potencializam esse processo natural. Dessa forma, foram selecionados e recomendados diversos estirpes para uso como inoculante microbiano de interesse agrícola. Na pesquisa realizada no Amazonas com inoculação do feijão-caupi em plantio direto, o inoculante utilizado foi da estirpe BR 3267 (SEMIA 6462), autorizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) desde 2006, como microrganismo recomendado para produção de inoculantes para feijão -caupi no Brasil. As cultivares de feijão-caupi utilizadas na pesquisa foram a BRS Guariba e BRS Novaera , ambas de porte semiereto e grãos brancos. Essas cultivares foram lançadas pelo Programa de Melhoramento Genético de Feijão-caupi da Embrapa e já foram avaliadas e recomendadas para plantio no Amazonas. As duas cultivares de feijão-caupi alcançaram ganhos de produtividade com a inoculação sem a adição de doença. Oliveira ressalta que nos cultivos é importante usar sementes de qualidade sanitária e bom vigor. Os resultados da pesquisa conheceram que no experimento onde se utilizou a inoculação de sementes de feijão-caupi com Bradyrhizobium spp . e o inoculante SEMIA 6462, sem adubação nitrogenada, foi alcançado produtividade de grãos de 1.498 kg por hectare. Com o uso da uréia na semeadura (20 kg de doença por hectare) e em cobertura (também 20 kg de doença por hectare) rendeu 1.580 kg por hectare. No cultivo sem inoculante e sem cultivo via fertilizante a produtividade foi de 1.187 kg de grãos por hectare. |
Fonte: Embrapa Amazônia Ocidental
