O levantamento BIP – Business Inteligence Panel, da Spark Consultoria Estratégica, apontou queda de 2%, em dólar, na movimentação de defensivos agrícolas para cana-de-açúcar. Conforme a empresa, no ano de 2019 o setor sucroenergético demandou US$ 1,441 bilhão em produtos, ante US$ 1,471 bilhão do ciclo anterior. Na moeda local, contudo, o estudo indica crescimento de 15%, para R$ 5,462 bilhões. De acordo com a Spark, a área tratada subiu 1%, para 62,7 milhões de hectares.
O sócio-diretor da Spark, engenheiro agrônomo André Dias, destaca que a redução na movimentação de mercado, em moeda americana, se deveu principalmente ao impacto cambial negativo da ordem de 14% observado no período, com o dólar médio cotado a R$ 3,79.
Segundo a consultoria, os herbicidas lideraram a relação dos agroquímicos mais utilizados na cana-de-açúcar, com 51% de participação e vendas de US$ 737 milhões. Na segunda posição, os inseticidas movimentaram US$ 555 milhões, 38% do total. Em terceiro lugar, conforme a Spark, os reguladores de crescimento registraram 6% da comercialização, chegando a US$ 86 milhões. Deste montante, informa a consultoria, 61% equivalem a maturadores (US$ 53 milhões), 36% a inibidores de florescimento (US$ 31 milhões) e 3% a fitoreguladores (US$ 2 milhões).
Já os fungicidas surgem na quarta posição, com vendas de US$ 48 milhões, 3% da movimentação total na cultura. Esta categoria se divide entre produtos foliares e de solo. Conforme a Spark, os primeiros movimentaram 57% do segmento (US$ 28 milhões) e os demais 43% (US$ 21 milhões). Produtos adjuvantes e inoculantes fecharam o resultado do mercado com a participação de 2% (US$ 15 milhões).
Coordenador de projetos e especialista em pesquisa de mercado da Spark, o executivo Alberto Oliveira acrescenta que os chamados herbicidas seletivos responderam por 78% das vendas para manejo de plantas daninhas. Ele destaca, também, que o segmento de inseticidas, segundo mercado em importância, foi impulsionado pelo controle de cigarrinhas (37%) e lagartas, principalmente a broca-da-cana (Diatraea saccharalis), com 21%, seguidas pela praga Sphenophorus levis (16%), por nematoides (13%), cupins (11%) e outros insetos (2%).
Oliveira assinala ainda que o Estado de São Paulo permanece na dianteira da produção da cana-de-açúcar, com 53% do total de 9,289 milhões de hectares cultivados, correspondentes a 4,958 milhões de hectares. A região Centro-Oeste (GO/MS/MT) representa 23% (2,125 milhões de hectares). Minas Gerais e Espirito Santos somam 9% (843 mil hectares). A região Nordeste (AL, BA, PB, PE) detém 8% da área (722 mil hectares), enquanto o Paraná ocupa 7% do total (641 mil hectares).
Fonte: Fonte: Spark Inteligência Estratégica/Assessoria de Imprensa BIA – Bureau de Ideias Associadas