A grande procura por áreas para o cultivo de soja e milho devido à atratividade dos preços é o principal motivo para a retração da área em produção de cana-de-açúcar nesta safra, mesmo com o cenário positivo para o setor sucroenergético e bons preços para o açúcar e etanol. É o que aponta o 1º levantamento da safra de cana-de-açúcar 2022/23, divulgado nesta quarta-feira (27) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). São Paulo, responsável por 50% das áreas nacionais em produção, perderá 79 mil hectares neste ciclo.
Entretanto, as condições climáticas observadas justificam uma projeção de aumento de 2,9% na produtividade em relação à safra passada, devendo atingir 73.696 kg/ha. O cenário climático mais otimista do início da atual safra é o que empurra a estimativa para uma ótica mais otimista do que na temporada passada.
No geral, a estimativa inicial é de pequeno aumento na produção total em relação a 2021/22 (cerca de 1% superior), devendo superar as 301 milhões de toneladas de cana-de-açúcar colhida. As operações de moagem já começaram.
A fase de desenvolvimento da cultura considerada abrange o período de janeiro de 2021 a março de 2022, e a de colheita, deve compreender o período entre abril e dezembro de 2022.
Os dados do 1° Levantamento da Safra 2022/2023 de cana-de-açúcar, as condições de mercado e o quadro de oferta do açúcar e etanol podem ser acessados no Boletim de Safra da Cana-de-Açúcar.