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13/09/2020
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na sexta (11), da reunião virtual do projeto Monitor do Seguro Rural para discutir e avaliar produtos e serviços de seguro disponíveis para a cultura do café.
O projeto é uma iniciativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em parceria com a CNA e outras entidades do setor. Já foram avaliados seguros para diversas frutas, trigo, soja, milho 1ª e 2ª safra e para o setor aquícola.
Na abertura do encontro, o secretário de Política Agrícola do Mapa, César Halum, afirmou que o Programa de Subvenção ao Seguro Rural (PSR) tem a missão de mitigar os riscos climáticos que atingem as lavouras brasileiras e garantir a manutenção da renda do produtor. “Com o Projeto Monitor, nós iremos avaliar os serviços ofertados pelas seguradoras e aperfeiçoá-los para os próximos anos”.
Para o presidente da Comissão Nacional do Café da CNA, Breno Mesquita, a iniciativa é uma oportunidade de melhorar um produto tão importante para o setor agropecuário. “Esse debate é uma forma de construir soluções junto às empresas de seguro e com o apoio do Ministério da Agricultura”.
Segundo o diretor do Departamento de Gestão de Riscos da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, Pedro Loyola, o projeto Monitor será dividido em três blocos. O primeiro será destinado à discussão das condições gerais de contratação e do produto. O segundo analisará os serviços disponíveis e, o terceiro, o debate das necessidades de inovações.
O coordenador de estudos no Departamento de Gestão de Riscos do Mapa, Fabrício Camargo de Lima, falou sobre o cenário brasileiro de contratação de seguro para o café. “Atualmente existem 14 seguradoras que atuam com essa cultura. Em 2019, foram contratadas 2.834 apólices, sendo 72 mil de hectares segurados. Este ano, já são 2.706 apólices e 51 mil hectares de área segurada”.
Durante a videoconferência, a superintendente de Seguros Agrícolas do Mapfre, Catia Rucco Rivelles, fez uma apresentação sobre os produtos e serviços que a empresa oferece para os produtores de café.
“Temos dois produtos para esse setor: o seguro cafezal de riscos nomeados, cujo objetivo é proteger os pés-de-café da lavoura segurada contra a ocorrência dos eventos climáticos cobertos, e o seguro para colheita garantida, que tem a função de proteger parte da produtividade esperada da lavoura segurada contra a ocorrência dos eventos climáticos cobertos”, disse.
O representante do Banco do Brasil, Luiz Leonardo Leite Filho, também apresentou os produtos da instituição. “Temos seguro de faturamento para café, soja, milho 1ª e 2ª safra, com cobertura para eventos climáticos, como seca, chuvas excessivas, geada e granizo”.
A assessora técnica da Comissão Nacional do Café da CNA, Raquel Miranda, destacou a importância de aumentar o percentual de subvenção para os produtos de seguro destinados a cultura do café. “Quase 80% dos cafeicultores brasileiros são pequenos produtores. Um maior percentual de subvenção disponibilizará um produto mais acessível, o que é fundamental para a popularização do Seguro Rural na atividade”.
A próxima reunião do Projeto Monitor será realizada no dia 25 de setembro, para avaliar os produtos de seguro disponíveis para soja e milho 1ª e 2ª safra das regiões Sul e Sudeste.
Fonte: Assessoria de Comunicação CNA