Foram publicados no Diário Oficial da União desta sexta-feira (9) os novos valores de preços mínimos do café safra 2021/22, com vigência entre abril deste ano e março de 2022, definidos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os novos preços foram aprovados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em reunião ocorrida no dia 25 de março, e a portaria foi assinada pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina.
Para a safra, o novo preço mínimo do café arábica para todo o Brasil foi fixado pela Conab em R$ 369,40 a saca de 60 quilos, com um aumento de 1,46% em relação ao período de 2020/2021, que era de R$ 364,09. Já para o café conilon, tanto para Rondônia como para o restante do país, o novo preço mínimo foi estabelecido em R$ 263,93. No caso de Rondônia, o ganho foi de 25,6%, pois o valor local na safra 2020/21 era de 210,13. Já para outros estados, com preço definido em R$ 242,31, a variação foi de um aumento de 8,92%. Em todos os casos utiliza-se como referência a saca de 60 quilos.
O novo valor para o arábica é destinado ao café tipo 6, bebida dura para melhor, com até 86 defeitos, peneira 13 acima, admitido até 10% de vazamento e teor de umidade de até 12,5%. Já o conilon é direcionado ao tipo 7, com até 150 defeitos, peneira 13 acima e teor de umidade de até 12,5%.
Custos de produção – O preço mínimo é atualizado anualmente e toma como base os custos de produção, entre outros fatores. Após a definição, a Conab faz a proposta e encaminha ao Ministério da Agricultura. Mas, para essa definição, os técnicos da Companhia levam em conta as variações nos preços dos insumos utilizados para o cultivo do produto, como os defensivos agrícolas, por exemplo. Como muitos deles são importados, o dólar é um importante fator na atualização dos custos.
Caso o preço do produto no mercado fique abaixo do mínimo, o governo, por meio da Conab, deve colocar em prática políticas para, além de garantir uma remuneração mínima ao produtor, estimular a reação do mercado. Isso pode ocorrer por meio do incentivo à retirada do café de uma região com grande produção e levá-la para outra localidade, ou mesmo adquirir o produto para diminuir a oferta.
Esse apoio do governo é amparado na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), ferramenta executada pela Conab cujo objetivo é diminuir a variação de renda dos produtores rurais e assegurar uma remuneração mínima. Uma vez que estimula o agricultor a produzir, a política também promove a regularidade do abastecimento nacional.