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21/09/2021
A draga luxemburguesa Galileo Galilei, que trabalha desde o final de agosto nas obras de engorda de Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, chegou para abastecer no Porto de Paranaguá na manhã desta segunda-feira (20/9). Além de despertar curiosidade, a operação também movimenta a economia local com a aquisição de suprimentos e impostos.
“Tanto essa draga como outros navios que aportam em portos catarinenses, quando precisam desse tipo de combustível, vêm a Paranaguá”, comenta o diretor de operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior.
Segundo ele, como as demais embarcações, também o equipamento que faz a dragagem precisa do combustível, que não se encontra nos portos de Santa Catarina. “Só tem em Paranaguá e no porto do Rio Grande. E aqui a operação é mais descomplicada, por isso a preferência em vir aqui”, completa.
Como ainda explica o diretor, a arrecadação que vem com a operação, tanto para o município quanto para o Estado, é decorrente do abastecimento que é considerado exportação de combustível entre a Transpetro (Petrobras) e a empresa contratada para abastecer o navio.
Além do abastecimento em si, como lembra o coordenador de base e operações da empresa em Paranaguá, Fabiano da Silva Leal, a economia se movimenta de diversas maneiras com a vinda das embarcações. “Se eles não tiverem reserva de mantimentos, terão que comprar. Se não tiverem estoque de água potável, terão que solicitar às empresas que fornecem, aqui em Paranaguá. Fora a agência marítima que tem que ser contratada, aqui, para fazer essa operação; no caso, a Rochamar”, destaca.
OPERAÇÃO – A única empresa que faz o abastecimento das embarcações, nos portos do Paraná, é a Navemestra, do Grupo Bravante. Como confirma a empresa, em Santa Catarina não há autorizadas a vender ou transportar o “bunker”, como é chamado o combustível dos navios – VLSFO 0,5% (Óleo combustível com baixo teor de enxofre, 0,5%).
A draga Galileo Galilei vai receber 1.400 metros cúbicos do combustível no porto de Paranaguá. A embarcação está fundeada em frente ao cais, onde a operação será realizada em cerca de 10 horas.
A draga é abastecida da mesma maneira que qualquer outro navio. O serviço é executado por duas barcaças com capacidade para carregar até 1.450 toneladas de combustível – no caso da Galileo Galilei, será usada apenas uma (a CD Guarujá). O abastecimento de navios pode acontecer com as embarcações atracadas no cais ou fundeadas (na área de fundeio específica) e, como no caso da draga, há navios que vão a Paranaguá apenas para abastecer (only bunker).
A operação é segura, realizada com barreiras de contenção para evitar que qualquer produto caia no mar. As regras para esse serviço compreendem autorização por parte da autoridade portuária para o fundeio, pagamento das taxas portuárias e apresentação dos planos de trabalho detalhado.
O trabalho é feito por sete marinheiros devidamente qualificados. Com mais de dez anos de experiência nesse tipo de atividade, eles passam por treinamentos e capacitação periódicos.
Em média, a empresa faz de 50 até 90 abastecimentos de navios por mês, que ocorrem dentro de uma área limite, de mar mais calmo, com menos trânsito de embarcações. Na Baía de Paranaguá o limite fica próximo à Ilha das Cobras.
Fonte: Porto de Paranaguá