Chamado “Pecan 2030”, o projeto irá captar recursos, desenvolver e transferir tecnologias e elaborar estratégias com base nas metas do setor para 2030. Estão previstas atividades para definição do padrão qualitativo de mudas e de nozes e para estabelecimento e adoção de boas práticas agrícolas. A expectativa é qualificar os pomares e atingir entre 25 mil e 30 mil hectares plantados no país nos próximos dez anos.
O projeto também busca dar suporte técnico à elaboração de políticas públicas e à proposição de normas técnicas para a Produção Integrada da Nogueira-pecã, de maneira a viabilizar a rastreabilidade e a certificação, o que ajudará a acessar novos mercados com a exportação das nozes. Por enquanto, o país ainda importa: foram 125 toneladas importadas da Argentina na safra 2019-2020.
Segundo a pesquisa, aspectos referentes à qualidade e à comercialização ainda representam entraves ao setor produtivo atualmente. “O evento está sendo articulado como uma forma de sensibilizar a cadeia produtiva para a construção das boas práticas de produção, que vão dar condições para, no futuro breve, construir a Produção Integrada de nogueira-pecã”, explica o pesquisador da Embrapa Clima Temperado Carlos Martins.
Cadeia produtiva
Segundo dados da Embrapa e do International Nut and Dried Fruit (INC), neste ano, a expectativa é superar a marca de 4,5 mil toneladas colhidas, com produtividade média estimada em uma tonelada por hectare. Ao todo, são cerca de dez mil hectares cultivados no país - 70% no RS, 22% em SC e 8% no PR. Atualmente, o Brasil é o quarto maior produtor mundial de noz-pecã.