Projeto foi criado pelo Sistema CNA/Senar. Foto: Janaina Rochido
02/06/2021
Cheiro verde, galinha caipira, pato, polpas de frutas e fruta-pão. Esses foram alguns alimentos que a jornalista Silvania Pinheiro levou para casa depois de passar pela Feira Segura, em Rio Branco (AC), ação que atende os protocolos de prevenção à Covid desde a produção do alimento até a comercialização.
“Comprar os alimentos limpos e embalados nos dá uma segurança maior. Enquanto consumidora isso faz a diferença porque a gente observa que está levando produtos de qualidade e como os feirantes têm zelo em todo o processo durante a pandemia”.
Os cuidados a que Silvania se refere são os protocolos de segurança para clientes e produtores de alimentos da Feira Segura, projeto criado pelo Sistema CNA/Senar logo após o início da pandemia, em 2020, viabilizando a continuidade das feiras livres adaptadas a um novo modelo que segue as orientações de segurança dos órgãos de saúde para evitar o contágio por coronavírus.
De lá para cá, o projeto beneficiou cerca de 70 mil consumidores que, assim como Silvania, buscam alimentos de qualidade e segurança na hora da compra. Participaram até o momento cerca de 5.000 produtores de alimentos em 160 feiras de 110 municípios do Acre, Bahia, Tocantins, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pará, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e no Distrito Federal.
“O projeto já movimentou R$ 1 milhão. Esse valor é significativo porque os produtores participantes conseguiram minimizar perdas que tiveram no faturamento com a pandemia. O Senar dá as orientações e clientes e feirantes realizam os eventos com toda a segurança necessária”, destaca o coordenador de Inovação do Sistema CNA/Senar, Matheus Ferreira.
Distante quase 4.900 Km de Rio Branco fica o município de Carandaí, em Minas Gerais, que também já recebeu o projeto Feira Segura. A agricultora Elisangela Aparecida Diniz foi uma das participantes. O que une Silvania e Elisangela é o desejo de ter um alimento de qualidade.
A dedicação de Elisangela na produção de alface, almeirão, cenoura, tomate reflete na mesa de consumidoras como a Silvania. Na pandemia, a Feira Segura abriu portas para que a agricultura tivesse a oportunidade de comercialização.
“O Senar nos ensinou o processo da produção e embalagem dos alimentos para evitar o coronavírus. Na feira segura eu vendi além do esperado. Na pandemia toda feira que a gente fazia estava vendendo pouco, mas no dia da Feira Segura nós vendemos tudo o que levamos”, comemora.