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05/05/2022
A produção de plantas em cultivo indoor vem ganhando mercado. Para transferir informações e tecnologias a esse mercado feito em ambientes fechados, com controle da iluminação artificial LED e temperatura que simulam o ambiente ideal para o desenvolvimento das plantas, o Instituto Agronômico (IAC-APTA) irá realizar o II Workshop Urban Farming. O evento será em 12 de maio de 2022, na sede do Instituto, em Campinas. Durante a abertura será inaugurado o Laboratório de Cultivo Indoor do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. Atualmente, o IAC pesquisa, em suas instalações indoor, microverdes, baby leaf, tomate e produção de mudas, sendo algumas plantas de ciclo longo, que possuem alto valor agregado e ambiência, como o lúpulo.O evento é voltado para profissionais da cadeia produtiva ligada ao setor, produtores, alunos de graduação e pós-graduação, professores e pesquisadores.
O pesquisador do IAC e responsável pelo evento, Luís Felipe Villani Purquerio, explica que o cultivo indoor não busca substituir ou competir com o cultivo convencional, mas complementá-lo. Além de proporcionar maior produtividade com menor uso de recursos naturais, as vantagens do cultivo indoor estão no seu manejo sustentável e na possibilidade de minimizar os efeitos das mudanças climáticas. “Temos a redução do ciclo de cultivo e consequente economia de recursos naturais, como a água, além de diminuição das perdas na pós-colheita. Esse conjunto de benefícios vai ao encontro dos objetivos da “Agenda 30” da Organização das Nações Unidas (ONU), que estabeleceu metas de desenvolvimento sustentável, que devem ser cumpridas nas próximas décadas”, afirma.
O cultivo de plantas indoor é realizado em ambiente fechado, com luz artificial, temperatura e fornecimento de água controlados, livre de adversidades climáticas. Pode ser realizado na vertical, otimizando muito a área produtiva. Pelo aproveitamento de espaço, é excelente opção para o cultivo em pequenas unidades dentro dos grandes centros urbanos, por isso o nome urban farm. “É uma opção para produção de plantas ou insumos para a cadeia agrícola, nas empresas e fazendas dos agricultores brasileiros (on farm), em estruturas de alvenaria ou containers”, completa. Quando em maior escala para produção de alimentos, a unidade produtiva é chamada de plant factory with artificial light (PFAL).
Purquerio ressalta a importância de produzir alimentos em quantidade e qualidade para a população, principalmente nos grandes centros urbanos. “Há uma grande discussão na sociedade sobre a produção com menos impactos ambientais, qualidade e menor custo de produção”, diz o pesquisador do IAC. Esse cenário reflete na procura pelo evento, que ofertou 240 vagas e estão esgotadas devido ao interesse do público sobre esse tema.
O evento é uma realização do IAC, Pós-Graduação IAC em Agricultura Tropical e Subtropical, UFSCar e Infobibos. Os organizadores propõem a fomentação do diálogo, apresentações de empresas, produtores, pesquisadores com o cultivo indoor, informações sobre a cadeia produtiva e o know-how do IAC, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Faculdade de Engenharia Agrícola da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O II Workshop Urban Farming recebeu o apoio de mais de 16 empresas e conta com a participação de representantes de cerca de mais 70 empresas.
Cultivo iluminado
Quem visita os experimentos do IAC no sistema indoor se depara com um ambiente colorido pelas luzes rosas. O pesquisador do IAC explica que a luz é um fator importante para garantir maior produtividade e qualidade das plantas. “Os diodos emissores de luz (LEDs) são utilizados para essa finalidade, oferecendo diversas vantagens como o consumo mínimo de eletricidade, baixa geração de calor e tamanho pequeno, possibilitando sua aplicação nos sistemas de cultivo indoor”, comenta.
A iluminação LED pode ser colocada próximos à planta, pois emitem baixo calor radiante, possibilitando instalação próxima do dossel, aumentando, assim, o aproveitamento da luz. “O baixo consumo elétrico dessas lâmpadas também é importante em termos ambientais, com redução de até 80% no consumo de energia elétrica e, mesmo depois de 50.000 horas, a lâmpada LED ainda mantém 70% da sua iluminação original”, afirma Purquerio.
Ele também destaca que os LEDs permitem selecionar e combinar diferentes comprimentos de ondas de acordo com a cultura de interesse e é provável que no futuro os sistemas de iluminação possam reduzir o ataque de insetos, doenças ou patógenos, bem como gerar produtos mais ricos em vitaminas e minerais.
Mais Informações e programação completa neste link.
Fonte: Assessoria de imprensa IAC
Fonte: Assessoria de imprensa IAC