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14/01/2022
A safra 2020/21 surpreendeu muitos agricultores com uma seca prolongada nas principais regiões produtoras durante a primeira safra de soja, além de registros de baixas temperaturas que provocaram perdas na safrinha de milho. Foi uma temporada bastante atípica no campo, com clima desafiador, segundo Gustavo Peri, coordenador comercial de agronegócio da FF Seguros. “No inverno passado, curiosamente houve casos de geadas três vezes nas mesmas áreas. Tivemos produtores que chegaram a registrar até quatro ocorrências de sinistro”, conta Peri.
A safra 2021/22, por sua vez, teve um início delicado. Novembro registrou grandes volumes de chuvas, superando a média para o mês em diversas áreas produtoras nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e “MATOPIBA”. Dessa forma, já na largada da safra de soja, o clima causou danos. “Já tivemos muitos casos de sinistros por causa de trombas d’água e chuvas excessivas, acarretando a necessidade de replantios da soja”, conta Diego Caputo, gerente comercial de agronegócio na FF Seguros.
Dezembro também registrou precipitações acima da média, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgados em levantamento de janeiro de 2022. Na região Nordeste, especialmente na Bahia, as chuvas atingiram volumes de até 600 milímetros. Na região Norte, os acumulados ficaram predominantemente entre 200 e 400 milímetros. O Sudeste teve um mês de dezembro chuvoso, com Minas Gerais registrando volumes de 300 a 550 milímetros. Já no Centro-Oeste, as chuvas acumularam volumes principalmente na faixa de 200 a 400 milímetros.
A exceção ficou para a região Sul do Brasil, que teve chuvas abaixo da média na maior parte das áreas, com no máximo 130 milímetros registrados em dezembro. O prognóstico climático indicou o estabelecimento do La Niña, com 80% de chances de manutenção desse fenômeno no primeiro trimestre de 2022, podendo ainda perdurar até o início do próximo outono.
A conjuntura atual aponta para um cenário de muita irregularidade na distribuição de chuvas, o que se traduz em um verdadeiro pesadelo para a agricultura. Áreas situadas em uma mesma região produtora podem sofrer com excesso ou insuficiência de chuvas. “A previsão é a imprevisibilidade e as culturas de inverno são as que tendem a sofrer mais com intempéries. Será um ano com adversidades climáticas e o produtor que não estiver protegido vai correr sérios riscos”, analisa Caputo.
As incertezas também recaem na rotina da seguradora FF Seguros, que precisa se planejar adiantadamente, já pensando em estar preparada para atender com excelência todos os chamados que surgirem durante a temporada 2021/22. “O cenário atual é desafiador em todos os sentidos. Reforçamos o nosso planejamento operacional devido ao aumento das demandas de visitas periciais, realização de análises, laudos e processos de indenizações”, revela Caputo.
Os produtores podem administrar melhor os riscos investindo em tecnologias de agricultura de precisão para obter dados mais localizados e melhorar o manejo na fazenda. No entanto, mesmo assim, o clima sempre será uma incógnita perigosa. Por isso, as contratações de seguro agrícola devem ganhar impulso. “Com todos esses problemas que aconteceram em 2021, agora fica muito mais latente para o produtor o quanto é importante se proteger da variação climática. Existe uma percepção maior de como o risco climático precisa ser mitigado e, com isso, naturalmente o mercado de seguros vai seguir crescendo”, afirma Caputo.
A unidade de agronegócio da FF Seguros atualmente conta com atendimento direto de mais de 200 corretoras. A unidade de agronegócio da FF Seguros fechou 2021 com um valor aproximado de R$ 410 milhões em prêmios emitidos, montante muito superior aos R$ 280 milhões em prêmios registrados pela divisão agro em 2020.
Fonte: Contextualiza Comunicação
Fonte: Contextualiza Comunicação