No dia 17 de março, a partir das 10h, o Instituto de Zootecnia (IZ-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, realizará o webinar “Controle seletivo do carrapato do boi”, que busca divulgar técnica para controle da espécie Rhipicephalus microplus, que acomete bovinos em todo país. O evento é gratuito e será transmitido via canal Youtube da Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag).
O webinar será ministrado pela doutora em zootecnia Cecília José Veríssimo, pesquisadora do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Genética e Biotecnologia do IZ. Cecília atua em produção animal e controle de doenças, principalmente no controle alternativo de R. microplus e outros parasitos de animais de interesse zootécnico (confira o curriculum Lattes no link).
Segundo a pesquisadora, essa espécie de carrapatoencontra condições climáticas favoráveis em todo território brasileiro, trazendo diversos impactos à pecuária nacional. Além do incômodo que causa aos animais, o aracnídeo pode transmitir doenças importantes que levam à queda de produtividade do rebanho. O controle do parasito e das doenças implicam ainda em maiores gastos, totalizando grandes prejuízos econômicos para o pecuarista.
No que se refere ao controle do carrapato do boi, a pesquisadora aponta que o grande problema está na resistência que apresentam atualmente aos carrapaticidas que estão no mercado.
Com foco em solucionar o desafio, Cecília orientou pesquisa visando desenvolver alternativa de controle que utilizasse menor quantidade de carrapaticida no rebanho. O chamado controle seletivo (SC, na sigla em inglês) consiste na aplicação do produto somente quando o nível de infestação do carrapato ultrapassa certo limite.
Durante o workshop, a pesquisadora irá apresentar os principais achados do trabalho. “Espero poder trocar uma ideia com aqueles que estão na linha de frente, isto é, os produtores rurais, sobre esta tecnologia de selecionar qual animal vai receber o tratamento carrapaticida, as vantagens e as desvantagens dessa técnica”, comenta Cecília.