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26/11/2019
A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) participou nesta segunda-feira (25) da inauguração de indústrias de farelo de soja e refinaria de óleo em Dourados (MS), desenvolvidas pela Coamo - Agroindustrial Cooperativa.
Na cerimônia, a ministra destacou que este é um dos maiores empreendimentos da América Latina para esmagamento de soja. As indústrias agregarão valor à soja, com a produção de farelo e refino de óleo.
“No momento em que o Brasil exporta, abre mercado, ter mais produtos de valor agregado à nossa soja, em forma de farelo e óleo, é importantíssimo. Vamos ter mais farelo à disposição da suinocultura, avicultura e bovinocultura. São empregos de mais qualidade, só ganhos”, afirmou.
Tereza Cristina ressaltou ainda que está em negociação a abertura do mercado da China para o farelo da soja.
A planta industrial tem capacidade de processar 3 mil toneladas/dia de soja, produção de farelo de soja e uma refinaria para 720 toneladas/dia de óleo de soja, equivalente a 15 milhões de sacas. Com as indústrias de Dourados, somados a outros dois parques industriais, a Coamo amplia a capacidade de processamento de soja para 8 mil toneladas/dia e a de refino para 1.440 toneladas/dia de óleo de soja refinado. Os investimentos somam mais de R$ 780 milhões.
A Coamo reúne cooperados em 63 municípios nos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. De acordo com dados da Coamo, a rede de cooperativas é responsável por cerca de 3,5% de toda a produção nacional de grãos e fibras.
Participaram do evento o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini; o governador Reinaldo Azambuja; o senador Nelsinho Trad (PSD-MS); a prefeita de Dourados, Délia Razuk; o secretário de Política Agrícola do Mapa, Eduardo Sampaio; o diretor da Secretaria de Agricultura Familiar e do Cooperativismo do Mapa, Márcio Madalena; e o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas.
Preço da carne
Sobre o aumento do preço da arroba do boi gordo no país, a ministra explicou que se trata de um momento de equilíbrio da cadeia produtiva, que está exportando mais, e que os preços irão se normalizar em breve.
“A cadeia vive um momento de euforia, mas já, já esse mercado vai se equilibrar. Os preços não serão os mesmos praticados há dois meses, mas, com certeza, essa euforia não continua. É um momento de ajuste da carne brasileira", disse.
EUA
Tereza Cristina afirmou que aguarda uma resposta do governo dos Estados Unidos sobre a suspensão da importação de carne bovina in natura do Brasil. Na semana passada, a ministra esteve em uma missão nos Estados Unidos e reuniu-se com o secretário da Agricultura, Sonny Perdue.
“É um assunto extremamente técnico. Ele [Perdue] me disse que nos daria em breve uma notícia”, disse após a inauguração das indústrias, em Dourados (MS).
Em 2017, os Estados Unidos suspenderam as compras de cortes bovinos do Brasil, devido às reações (abcessos) provocadas no rebanho, pela vacina contra a febre aftosa. Em junho deste ano, uma missão veterinária dos Estados Unidos esteve no Brasil para inspecionar frigoríficos de bovinos e suínos.
Os norte-americanos solicitaram mais informações ao governo brasileiro, que já foram enviadas e estão em fase de análise pelos Estados Unidos.
Durante a viagem, Tereza Cristina reuniu-se com o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para debater financiamento de projetos da agropecuária sustentável. Além disso, assinou memorando de entendimento com a organização não governamental Climate Bonds Initiative (CBI) para desenvolvimento do mercado de títulos verdes do setor agropecuário brasileiro.
Fonte: MAPA