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19/08/2020
*Por Christian Marcatto e Felipe Rover
A indústria açucareira do Brasil passa por um momento de grandes oportunidades tanto no mercado interno quanto externo. Caracterizado por ter uma grande base instalada para produção devido aos investimentos realizados desde o início deste século, o setor passa por um período de grande concorrência entre as empresas por conta de diversos fatores favoráveis à produção de açúcar. Em um mercado cujos preços são contados em centavos, os players que tiverem eficiência na produção, agilidade na tomada de decisão e redução de custos nas atividades estarão à frente nesta briga pelo mercado.
Para tanto, é imprescindível que as companhias invistam em tecnologias para atingirem um grau de resiliência para aproveitarem da melhor forma os movimentos internos e externos que incidem sobre o setor. No exterior, por exemplo, a Índia, maior produtor global de açúcar, teve queda de quase 20% em suas exportações em relação às estimativas iniciais. Além disso, a crise do petróleo impactou negativamente a produção de etanol no Brasil, sendo um incentivo ao açúcar na atração de investimentos dentro da indústria sucroalcooleira. Para completar, a desvalorização do Real em relação ao dólar favorece as exportações da commodity durante a safra 2020-2021, e a disponibilidade de cana neste ano será maior, o que elevará em até 50% a produção de açúcar em relação à safra anterior.
Com esse cenário positivo, os produtores de açúcar que contam com tecnologias e inovações em suas atividades terão grande vantagem para aproveitar essa alta em relação à concorrência. Isso ocorre pois boa parte do setor ainda se caracteriza pelo uso de processos manuais com a anotação de dados de produção em pranchetas e planilhas de Excel, sendo que na velocidade atual do mercado se faz cada vez mais necessário a utilização de soluções da Indústria 4.0 para agilizar a tomada de decisão e adaptar da produção conforme as variáveis que impactam as atividades sucroalcooleira.
Dessa forma, a Siemens tem sido uma grande aliada para todo o setor por fornecer inovações tecnológicas que agregam valor a clientes de toda a cadeia, seja reduzindo custos ou melhorando as atividades da planta com turbinas mais eficientes em energia e produção, ou elevando o grau de monitoramento e transparência dos dados com projetos de automação que agilizam todo o processo da usina. Além disso, a companhia tem ampla presença para realizar atendimento local para manutenção e assistência técnica, diferenciais atestados pela atuação junto a clientes tradicionais do segmento, tanto produtores, quanto fabricantes de equipamentos.
O incremento da produção com inovações tecnológicas ganha mais relevância com a pandemia. Neste “novo normal”, será fundamental o uso de novas soluções para otimizar a cadeia em relação a informações, pessoas e equipamentos; permitindo o gerenciamento à distância, enxergar gargalos para elevar a eficiência; simular operações; e realizar acesso remoto às unidades.
Essa transformação digital na indústria sucroalcooleira não ocorre apenas para facilitar uma adaptação temporária a esse período de crise, mas ela será permanente onde a pandemia tem sido apenas um acelerador dessas mudanças. Ou seja, introduzir novas tecnologias nas linhas de produção não é importante apenas para as empresas serem resilientes e aproveitarem melhor os movimentos do mercado, mas também uma questão de sobrevivência no setor nos planos de médio e longo prazo.
*Autores:
CHRISTIAN MARCATTO, Engenheiro Desenvolvedor de Negócios da Siemens no Segmento de Alimentos e Bebidas
FELIPE ROVER, Desenvolvedor de Negócios da Siemens para Açúcar e Etanol
Fonte: Assessoria de Imprensa Siemens
Fonte: Assessoria de Imprensa Siemens