O condomínio dos canaviais dos produtores vinculados à Coaf, que gere a antiga usina Cruangi em Timbaúba, começa a passar por mudanças no cultivo para atender novos padrões econômico e ambiental. O engenheiro Agrônomo da entidade, Geraldo Barros, tem apresentado aos cooperados os benefícios do replantio da cana através do sistema de baixa densidade. Ao invés do modelo convencional, a mudança reduz o uso de máquinas e os custos e utilização de óleo diesel e insumos – materiais poluentes. O agricultor também utiliza menos sementes e produz mais cana por safra.
“A economia é 5,5 a 6,5 toneladas/hectares (ton/ha) semente no semeio e de 0,5 a 2 ton/ha plantado de descarte. Quanto ao aumento de produção é de 6,5 a 8 por hectares tonelada a mais de cana para moagem”, informa o engenheiro. Os benefícios são diversos. Não por acaso que o conceito adotado para plantio de cana de baixa densidade é economia de semente, mais cana para moer, menos máquina, menor consumo de diesel, menor replanta, menor entrada de máquinas e possibilidade de retirada anual de semente. Barros apresentou inclusive os detalhes técnicos numa palestra na Associação dos Fornecedores de Cana de PE ((AFCP) nesta segunda.
O Departamento Técnico da AFCP fez um estudo onde mostra a diferença econômica entre o replantio nos canaviais utilizando os dois modelos. Em comparação a custos operacionais para renovação da cana pelo sistema convencional, o de baixa densidade levou vantagens nos diversos itens analisados para o replantio, como no plantio (-1,9%) e insumos utilizados (-18,2). Ainda ganha pelo uso menor de mudas, uma economia de 9,9%.
“Em suma, o estudo aponta uma produção 20,2% mais barata. O replantio de uma tonelada sai por R$ 5.942,29 pelo plantio de baixa densidade de mudas, enquanto que o convencional fica por R$ 6.625,35”, conta Virgílio Pacífico, que é produtor de cana, diretor da AFCP e autor desse estudo.