O 1º levantamento da safra de grãos 2019/2020, divulgado nesta quinta-feira (10) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aponta que a produção brasileira está estimada em 245,8 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 1,6% ou 3,9 milhões de toneladas, em comparação à safra 2018/19. Com isso, a safra atual mantém-se como recorde.
Na metodologia utilizada para esse 1º levantamento, foram utilizados cerca de 900 informantes, entre os dias 22 e 28 de setembro, para buscar informações relacionadas à intenção de plantio das culturas de verão que se iniciam. As produtividades estimadas para esta safra refletem condições normais de rendimento e são apuradas com a análise estatística das séries históricas e dos pacotes tecnológicos, existentes na base de dados da Companhia.
O resultado do estudo aponta que o milho primeira safra tem produção estimada em 26,3 milhões de toneladas, 2,5% superior à de 2018/19, com um crescimento de 1% na área, totalizando 4,14 milhões hectares. Já o milho segunda safra, que representa cerca de 70% do total do grão, começará a ser plantado após a colheita da soja, que está vigente no momento. A soja inclusive vem mantendo a tendência de crescimento na área cultivada e aponta para crescimento de 1,9% em relação aos números anteriores, com 120,4 milhões de toneladas.
Com relação ao feijão primeira safra, devido a problemas de chuva na colheita nas safras anteriores, a primeira previsão de 2019/20 indica redução de 3,9% na área a ser cultivada. Neste momento, a cultura perde espaço para o milho e a soja, que apresentam melhor rentabilidade. Já o arroz tem uma produção de 10,6 milhões de t, 1,9% superior à de 2018/19, mesmo com redução de 0,6% na área a ser cultivada, totalizando 1,7 milhão de ha. No caso do algodão, houve um pequeno acréscimo de 1,2% na área, alcançando 1,6 milhão de ha. Para o trigo, a safra 2019 ainda não foi totalmente colhida e a projeção é que este cereal alcance cerca de 5,1 milhões de toneladas.
Quanto à previsão da área plantada total no país, a expectativa é que sejam cultivados 63,9 milhões hectares, ou seja, uma variação positiva de 1,1% em comparação à safra passada.