A Santander Corretora está apta a comercializar e custodiar os créditos de descarbonização (CBios), títulos que podem ser usados pelos distribuidores de combustíveis para garantir o cumprimento de suas metas de emissões de gases de efeito estufa. Com a entrada da intermediadora, o Santander completa sua atuação no programa federal RenovaBio, que tem por objetivo minimizar a emissão de carbono na matriz de transportes nacional.
“Estamos acompanhando o RenovaBio desde 2018, quando participamos da assinatura do Decreto 9308, que regulamentou o programa. Em abril, fizemos as primeiras escriturações dos títulos. Com a entrada da Santander Corretora no processo, podemos ser considerados como o ‘banco do RenovaBio’”, afirma Caroline Perestrello, superintendente executiva da área de Corporate Agro do Santander Brasil. O Banco atua no programa oferecendo serviços financeiros em todas as fases: desde a produção agrícola da matéria-prima, na do biocombustível, até certificação, emissão, escrituração e, agora, comercialização e custódia dos CBIOs.
Segundo Anderson Alvarenga, responsável pela trading de derivativos futuros e commodities da Santander Corretora, o Banco já faz a escrituração de mais de 750 mil CBIOs de mais de 40 empresas. “Sabemos que o mercado possui 3 milhões de CBIOs em estoque. Nossa visão do RenovaBio sempre foi de uma atuação integrada e em toda a cadeia. Estamos confiantes com a liquidez do mercado e estamos prontos para fazer as operações”, ressalta o executivo.
O anúncio se dá no mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente. Para Karine Bueno, superintendente executiva de Sustentabilidade do Santander Brasil, o RenovaBio é o primeiro programa no Brasil a criar um ativo de cunho ambiental e climático, uma tendência que reforça o espaço para discussões sobre mercados de carbono em um espectro mais amplo. “É um arcabouço jurídico, de instrumentação financeira para ativar um mercado que irá se regulando ao longo do tempo. E o Santander está na vanguarda do programa”, afirma.