Em ofício publicado na última quinta-feira (10), enviado ao Governo do Estado de São Paulo, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), em cumprimento ao Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA), decidiu que São Paulo, após a etapa de novembro de 2023, passa a suspender a vacinação contra a febre aftosa. A medida faz com que São Paulo se torne zona livre da doença sem vacinação, assim como já ocorrido com os Estados do Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins.
“É uma conquista de todos os paulistas. A sanidade animal de nosso Estado passa a ter mais uma comprovação de sua excelência. São Paulo poderá buscar mercados cada vez mais rentáveis pela qualidade da carne de área livre sem vacina. Depois de muito trabalho de nosso corpo técnico e do produtor rural, chegamos ao status de livre de febre aftosa sem vacinação”, comemora o secretário de Agricultura e Abastecimento de SP, Antonio Junqueira.
“São Paulo atinge o mais alto status sanitário contra a febre aftosa, fruto de um trabalho de anos de serviço de defesa e parceria com o pecuarista. Novas oportunidades com abertura de novos mercados virão a partir de agora”, comemora Luiz Henrique Barrochelo, médico-veterinário e coordenador da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), responsável pela vigilância contra a enfermidade.
De acordo com o documento, a partir de 1º maio de 2024, animais com origem em zonas livres com vacinação, caso de Roraima, Pará, Amapá, Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Bahia e Rio de Janeiro e parte do Amazonas, não podem ingressar nos Estados que já suspenderam a vacinação. “Isso será necessário porque o pleito para o reconhecimento internacional de zona livre sem vacinação está previsto para ser apresentado à Organização Mundial de Saúde Animal em agosto de 2024. A previsão de finalização da avaliação será em maio de 2025, cumprindo, então, o prazo de 12 meses sem o uso do imunizante e sem ingresso de animais vacinados nas áreas, conforme definições do Código Sanitário de Animais Terrestres daquele Organismo Internacional”, descreve o ofício.
Para Breno Welter, médico-veterinário e gerente do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa (PEEFA), a expectativa é que São Paulo avance junto com os demais estados do bloco IV no Plano Nacional, não havendo restrição de trânsito de animais e produtos.
“É importante ressaltar que em novembro teremos campanha e que o produtor deve manter o empenho para mantermos os altos índices, um dos requisitos para a evolução do status”, complementa o gerente.
Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo