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13/08/2021
As inovações tecnológicas quase sempre são associadas de forma automática a questões urbanas, em cenários futuristas com robôs e gadgets avançados. No entanto, em um país como o Brasil, onde o agronegócio representa cerca de 20% do PIB nacional, a tecnologia vai muito além das cidades, sendo essencial também para os avanços nas áreas rurais e florestais.
De acordo com estudo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a tecnologia é responsável por mais de 60% do total da produtividade brasileira no agro — e a tendência já vem de longa data, considerando que, em 2006, esse percentual já era maior do que 50%.
“Os dados positivos desse setor nacional devem se intensificar ainda mais nos próximos anos, com o aumento das soluções tecnológicas para conectividade e monitoramento, tecnologias em rápido crescimento, mas ainda pouco exploradas no país em comparação com Estados Unidos e Europa”, explica Bernardo de Castro, presidente da divisão de Agricultura da Hexagon.
Localizada em Florianópolis (SC), a divisão é uma das diversas empresas que desenvolvem e fornecem tecnologias para o campo no Brasil. Considerando seu tamanho e posição estratégica, além da taxa de crescimento da produção agropecuária acima de 4% — superando Estados Unidos (1,9%) e China (3,3%), por exemplo —, o país não poderia deixar de explorar o potencial de criar soluções para esse setor do mercado.
Além de empresas consolidadas como a Hexagon, já são mais de 300 startups nacionais atuando nesse ramo, de acordo com o último Censo AgTech de Startups Brasil. “Temos visto uma tendência de investimento em soluções tecnológicas para o campo, fomentando o chamado agrotech. São cada vez mais opções para auxiliar o produtor e o gestor rural no seu dia a dia, em todas as etapas do ciclo de produção: desde a preparação do plantio e da colheita até a logística de transporte da matéria-prima e a análise de resultados, seja em pequenas ou grandes produções”, comenta Bernardo de Castro.
Conhecimento local
Um dos pontos fortes da tecnologia produzida no Brasil é o conhecimento sobre a realidade do agronegócio brasileiro. O presidente da divisão de Agricultura da Hexagon, Bernardo de Castro, por exemplo, cresceu ouvindo conversas sobre os desafios empresariais de fazendas corporativas. Seu avô criava gado e seus tios trabalhavam como gestores em grandes unidades agrícolas.
Foi assim que, recém formado, ele decidiu criar com dois amigos uma startup dese
As inovações tecnológicas quase sempre são associadas de forma automática a questões urbanas, em cenários futuristas com robôs e gadgets avançados. No entanto, em um país como o Brasil, onde o agronegócio representa cerca de 20% do PIB nacional, a tecnologia vai muito além das cidades, sendo essencial também para os avanços nas áreas rurais e florestais.
De acordo com estudo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a tecnologia é responsável por mais de 60% do total da produtividade brasileira no agro — e a tendência já vem de longa data, considerando que, em 2006, esse percentual já era maior do que 50%.
“Os dados positivos desse setor nacional devem se intensificar ainda mais nos próximos anos, com o aumento das soluções tecnológicas para conectividade e monitoramento, tecnologias em rápido crescimento, mas ainda pouco exploradas no país em comparação com Estados Unidos e Europa”, explica Bernardo de Castro, presidente da divisão de Agricultura da Hexagon.
Localizada em Florianópolis (SC), a divisão é uma das diversas empresas que desenvolvem e fornecem tecnologias para o campo no Brasil. Considerando seu tamanho e posição estratégica, além da taxa de crescimento da produção agropecuária acima de 4% — superando Estados Unidos (1,9%) e China (3,3%), por exemplo —, o país não poderia deixar de explorar o potencial de criar soluções para esse setor do mercado.
Além de empresas consolidadas como a Hexagon, já são mais de 300 startups nacionais atuando nesse ramo, de acordo com o último Censo AgTech de Startups Brasil. “Temos visto uma tendência de investimento em soluções tecnológicas para o campo, fomentando o chamado agrotech. São cada vez mais opções para auxiliar o produtor e o gestor rural no seu dia a dia, em todas as etapas do ciclo de produção: desde a preparação do plantio e da colheita até a logística de transporte da matéria-prima e a análise de resultados, seja em pequenas ou grandes produções”, comenta Bernardo de Castro.
Conhecimento local
Um dos pontos fortes da tecnologia produzida no Brasil é o conhecimento sobre a realidade do agronegócio brasileiro. O presidente da divisão de Agricultura da Hexagon, Bernardo de Castro, por exemplo, cresceu ouvindo conversas sobre os desafios empresariais de fazendas corporativas. Seu avô criava gado e seus tios trabalhavam como gestores em grandes unidades agrícolas.
Foi assim que, recém formado, ele decidiu criar com dois amigos uma startup desenvolvedora de soluções com foco em agricultura de precisão, conhecendo de perto as necessidades desses negócios. Dez anos depois, em 2014, a multinacional Hexagon adquiriu a empresa, mantendo a sede e a fábrica no Brasil e Bernardo no cargo de presidente.
Hoje, ainda existe certa resistência de pequenos agricultores com relação às novidades do mercado. Porém, segundo pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), pelo menos 84% dos produtores e prestadores de serviços rurais fazem uso de alguma tecnologia digital em benefício da produção agrícola.
“Podemos considerar que já houve uma ‘troca de gerações’ no comando de muitos negócios agrícolas, o que promove a adoção de tecnologias de informação neste ambiente. O trabalho de universidades, institutos de pesquisa e dos ‘early adopters’, ou seja, produtores inovadores e que servem de referência para demais, são as formas mais eficientes de promover essa aplicação”, considera Bernardo. O acesso a tecnologias produzidas no próprio país, com cuidados com a usabilidade e a disposição de suporte técnico qualificado, também contribuem para essa popularização.
E a tecnologia nacional para o agronegócio não fica restrita apenas aos brasileiros, sendo também exportada para o restante do mundo. Assim, junto com a produção agropecuária — que é responsável por cerca de 50% das exportações no país —, a distribuição da tecnologia fabricada aqui também colabora com a economia nacional. A divisão de Agricultura da Hexagon, por exemplo, conta com mais de 25 mil equipamentos em operação em 36 países, contribuindo para o avanço do agronegócio em todo o mundo.
nvolvedora de soluções com foco em agricultura de precisão, conhecendo de perto as necessidades desses negócios. Dez anos depois, em 2014, a multinacional Hexagon adquiriu a empresa, mantendo a sede e a fábrica no Brasil e Bernardo no cargo de presidente.
Hoje, ainda existe certa resistência de pequenos agricultores com relação às novidades do mercado. Porém, segundo pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), pelo menos 84% dos produtores e prestadores de serviços rurais fazem uso de alguma tecnologia digital em benefício da produção agrícola.
“Podemos considerar que já houve uma ‘troca de gerações’ no comando de muitos negócios agrícolas, o que promove a adoção de tecnologias de informação neste ambiente. O trabalho de universidades, institutos de pesquisa e dos ‘early adopters’, ou seja, produtores inovadores e que servem de referência para demais, são as formas mais eficientes de promover essa aplicação”, considera Bernardo. O acesso a tecnologias produzidas no próprio país, com cuidados com a usabilidade e a disposição de suporte técnico qualificado, também contribuem para essa popularização.
E a tecnologia nacional para o agronegócio não fica restrita apenas aos brasileiros, sendo também exportada para o restante do mundo. Assim, junto com a produção agropecuária — que é responsável por cerca de 50% das exportações no país —, a distribuição da tecnologia fabricada aqui também colabora com a economia nacional. A divisão de Agricultura da Hexagon, por exemplo, conta com mais de 25 mil equipamentos em operação em 36 países, contribuindo para o avanço do agronegócio em todo o mundo.
Fonte: Dialetto Comunicação
Fonte: Dialetto Comunicação