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13/05/2021
O tempo seco que por um lado favoreceu a colheita da soja e do arroz, que se encaminham para a finalização na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Soledade, com cerca de 99% da área total já colhida, por outro desfavoreceu algumas lavouras de milho com semeadura tardia e feijão segunda safra que se encontram na fase de enchimento de grãos.
Foram cerca de cinco semanas consecutivas sem registros de chuvas significativas na região e as culturas já apresentavam sinais de estresse hídrico como folhas enroladas, com aspecto de murchas. Esses sintomas eram mais acentuados em áreas de solo raso e/ou compactado. Segundo o extensionista rural agropecuário da Emater/RS-Ascar, Josemar Parise, com o retorno da umidade no solo as lavouras serão favorecidas.
"O retorno das chuvas de bons volumes na região estancou a estiagem e ambas as culturas se beneficiam sem perdas significativas, com baixos impactos na produtividade média, já que grande parte das lavouras dessas culturas já está colhida ou em maturação", observa.
A ausência de chuvas significativas por um longo período evidencia a importância dos agricultores adotarem medicas para correção e conservação do solo.
"Nas lavouras em que são realizadas ações de manejo do solo as plantas respondem de forma mais satisfatória devido à correção e construção do perfil do solo. Ações como a descompactação do solo possibilita o desenvolvimento radicular mais profundo, fazendo a planta buscar água em áreas mais profundas e reagindo de melhor forma nesses períodos de estiagem", orienta.
Práticas como correção da acidez do solo, adubação equilibrada, bom aporte de palhada em cobertura protegendo e mantendo a umidade no solo por mais tempo também são recomendadas.
Agricultores que têm interesse em implementar ações de correção e conservação do solo podem procurar os escritórios da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), e solicitar a orientação dos extensionistas rurais da Instituição.
Chuva no Sul
No Sul, a passagem de uma frente fria traz chuva forte com tempestades localizadas sobre o norte de Santa Catarina nesta terça-feira. Rapidamente, o sistema avança na quarta-feira (12) para o leste do Paraná, levando chuva persistente e com elevado acumulado no de Paranaguá. Ao longo da serra do Mar, estima-se algo entre 70mm e 100mm em apenas 48 horas.
A precipitação também alcançará áreas do Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina e interior do Paraná, mas o acumulado será baixo. No caso do Paraná, apesar da previsão de aumento da umidade do solo, o acumulado não será suficiente para trazer um alívio aos produtores da segunda safra de milho.
Temperatura cai e há previsão de geada
A temperatura voltará a declinar na quinta-feira no centro e sul do Brasil. Há potencial para geadas fortes nas áreas mais elevadas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, mas o fenômeno também acontecerá de forma mais fraca no sul do Paraná, alcançando algumas áreas de feijão e hortaliça, além de algumas áreas de milho segunda safra do norte de Santa Catarina. A área majoritária de milho do Paraná não será afetada pelo frio.
Fonte: Climatempo